Para muitas empresas, a manutenção dos equipamentos de combate a incêndio ainda é vista apenas como uma obrigação legal. Mas, para quem está à frente da gestão financeira e operacional, essa visão não basta. Em 2026, manter a conformidade será essencial não só para evitar multas, mas também para garantir continuidade, segurança e previsibilidade orçamentária.
Este guia apresenta os principais custos envolvidos, as expectativas para o próximo ano e como as empresas podem se preparar de forma estratégica.
Por que 2026 exige mais atenção ao orçamento de segurança contra incêndio?
Alguns fatores tornam 2026 um ano mais rigoroso para quem precisa manter equipamentos em conformidade:
- Tendência de atualização de normas da ABNT relacionadas a extintores, iluminação, sistemas de alarme e hidrantes.
- Intensificação das fiscalizações após o aumento de incidentes em empresas de diversos segmentos.
- Maior exigência de rastreabilidade e documentação das manutenções.
- Crescimento do uso de tecnologias que exigem testes, monitoramento e integração mais frequentes.
Ou seja, quem planejar com antecedência ganha eficiência financeira e reduz riscos operacionais.
Quais são os principais custos para manter a conformidade?
A manutenção dos equipamentos envolve diferentes serviços obrigatórios ao longo do ano. Os valores variam conforme quantidade de equipamentos, tipo de edificação e nível de risco, mas os custos seguem uma lógica comum.
Extintores de incêndio
São obrigatórios na maioria das empresas, independentemente do tamanho.
Os custos envolvem:
- Inspeções periódicas.
- Recarga anual ou após uso.
- Teste hidrostático obrigatório, geralmente a cada cinco anos.
- Troca de lacres, mangueiras e componentes danificados.
Para 2026, é esperado um aumento no custo das recargas devido ao reajuste de insumos e à exigência de maior rastreabilidade dos processos.
Mangueiras de hidrante
Edificações que possuem sistema de hidrantes devem arcar com:
- Inspeções técnicas.
- Testes hidrostáticos anuais.
- Substituição de mangueiras desgastadas ou vencidas.
O aumento previsto também está ligado ao fortalecimento das normas e à necessidade de produtos certificados.
Sinalização de emergência
Placas fotoluminescentes e marcação de rotas de fuga podem parecer itens simples, mas fazem parte da obrigatoriedade. Os custos envolvem reposição por desgaste, danos, atualizações de layout e adequação a novos padrões de luminância.
Iluminação de emergência
Fundamental para permitir uma evacuação segura, a iluminação exige:
- Testes de autonomia.
- Troca de baterias.
- Substituição de luminárias antigas.
Há expectativa de que novas exigências normativas tornem modelos mais eficientes obrigatórios, o que pode gerar custo inicial, mas traz economia de manutenção.
Sistema de detecção e alarme de incêndio
Empresas que possuem sistemas de detecção precisam considerar:
- Manutenções preventivas semestrais.
- Testes de funcionamento.
- Troca de detectores obsoletos ou com vida útil vencida.
- Atualizações de módulos ou centrais inteligentes.
Com o crescimento dos sistemas conectados, alguns custos podem aumentar, mas também tendem a reduzir falhas e chamados emergenciais.
Sistemas de sprinklers
Comuns em indústrias e galpões, demandam:
- Inspeções frequentes.
- Teste de bombas.
- Verificação de pressão e funcionamento.
- Substituição de bicos danificados.
Muitos sistemas antigos precisarão de ajustes para acompanhar revisões normativas, o que pode impactar o orçamento de 2026.
Quanto uma empresa deve reservar para 2026?
Embora os valores variem bastante, o mais importante é que o orçamento seja planejado com base em três fatores:
- Tamanho e complexidade da edificação.
- Quantidade e tipo de equipamentos instalados.
- Classificação de risco da atividade.
Empresas menores normalmente têm custos mais lineares, enquanto galpões, indústrias e centros logísticos têm investimentos maiores por conta da complexidade dos sistemas.
Mais do que buscar números exatos, o ideal é criar um planejamento anual que inclua manutenções, inspeções e possíveis substituições, evitando surpresas financeiras.
Como reduzir custos sem perder conformidade?
Algumas estratégias ajudam a tornar o orçamento mais eficiente:
Planejamento anual
Ter um cronograma definido reduz urgências, atrasos e gastos extras.
Contratos de manutenção
Pacotes recorrentes costumam ser mais econômicos do que serviços avulsos.
Auditorias preventivas
Identificar falhas antes da fiscalização evita multas e retrabalhos.
Troca de equipamentos obsoletos
Apesar do investimento inicial, equipamentos modernos têm menor custo de manutenção e maior durabilidade.
Parceria com empresas certificadas
Fornecedores qualificados evitam gastos com correções e garantem conformidade documental.
Entrar em 2026 com um plano claro para manter os equipamentos de incêndio em conformidade é uma decisão que impacta diretamente a segurança, a continuidade das operações e o controle financeiro.
Empresas que planejam com antecedência não apenas atendem às normas, mas também reduzem riscos, evitam gastos emergenciais e fortalecem sua governança.





