Os alarmes de incêndio são sistemas que visam anunciar que há um foco de incêndio em determinado local, a fim de possibilitar uma ação rápida tal como a solicitação do auxílio do Corpo de Bombeiros para o controle do evento. Estes sistemas podem detectar chamas, calor ou fumaça, os quais indiquem um princípio de incêndio. Vimos neste ano o desastre ocorrido no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que possuía os equipamentos de detecção instalados, porém não estavam em funcionamento, impossibilitando que o ocorrido fosse percebido precocemente, evitando maiores danos. Assim, evidenciamos a importância de conter esses equipamentos instalados e com o correto funcionamento no local apropriado.
Há dois tipos de sistemas de alarme, o convencional e os endereçáveis, mas qual a diferença entre eles? O sistema convencional é mais simples, utilizado em ambientes menores, que exijam menos dispositivos e, por isso, geram menos custos com instalação. Ele permite o monitoramento de uma determinada área delimitado por zonas ou setores, com o auxílio de uma central de alarme, detectores e acionadores. Durante um princípio de incêndio, o detector é acionado e a central recebe a zona em que ocorreu essa ativação, para que as providências sejam tomadas. Dessa forma, é possível identificar de maneira geral a zona atingida, sendo pouco específico, por isso é necessário que a abrangência destes equipamentos seja uma área pequena, a fim de facilitar a localização do foco de incêndio. Ainda, é necessário a manutenção periódica do sistema convencional, pois esse não diagnostica possíveis falhas e defeitos de maneira automática.
Já os sistemas endereçáveis permitem que cada dispositivo associado a ele, tais como os detectores e acionadores ligados a central, recebam um endereço próprio, possibilitando a localização exata do foco principiante do incêndio. Ademais, este sistema consegue controlar todos os aparelhos interligados a ele de forma rápida e individualmente, além de indicar de maneira automatizada a existência de falhas ou defeitos.
Sobre os componentes destes sistemas, temos a central de alarme, os detectores de incêndio, acionadores manuais contra incêndio, sinalizadores e módulos de entrada e saída. Dentre eles, a central é o principal, pois é responsável por coletar informações dos detectores, ativando os sinalizadores em casos de emergência.
Os detectores são responsáveis por analisar as condições do ambiente, como a presença de fumaça, aumento de temperatura, gases, fumaça e entre outros que possam sinalizar um incêndio. Aqueles que são ligados a sistema endereçáveis utilizam dois tipos de laços:
- Classe A: circuito fechado que sai da central, passa pelos dispositivos do sistema e retorna à central. Sua comunicação feita por meio de um anel permite que em eventuais interrupções ou problemas de instalação de parte do circuito, não acarrete na paralisação total de seu funcionamento.
- Classe B: comum em sistemas convencionais, é um circuito aberto, saindo da central e terminando no último dispositivo do sistema. Nele, em casos de interrupções em qualquer parte, todo o circuito fica comprometido. Por ser mais simples, pode ser utilizado menor quantidade de cabos, reduzindo os gastos.
Outro componente dos sistemas de alarme são os acionadores, os quais são chaves conectadas ao laço endereçado ou convencional, permitindo que qualquer pessoa ative manualmente em casos de emergência, informando o sistema sobre o ocorrido, mesmo se os detectores não estiverem ativados pelo foco. Com isso, em locais com necessidade de evacuação, como edifícios empresariais e residenciais, permite que esse processo aconteça mais rapidamente, antes mesmo da central ser acionada.
Ainda, há os avisadores sonoros e/ou visuais (sirenes), os quais são instalados em locais visíveis ou que possibilitem a audição ideal, com fluxo de pessoas, tais como corredores, saídas de emergência, empresas e entre outros, de forma que não impeça a comunicação verbal entre as pessoas que estiverem no local.
Por fim, há diversos tipos de detectores, cuja escolha varia pelo tipo e local de instalação dos detectores baseado nas características mais prováveis de um princípio de incêndio e do julgamento técnico, considerando o possível aumento da temperatura, produção de fumaça, produção de chama, materiais existentes nas áreas protegidas que possam ser inflamáveis, forma e altura do teto, ventilação do ambiente, temperaturas típica e máxima de aplicação, entre outras características do espaço. Assim, alguns dos tipos de detectores são:
- Detectores pontuais de fumaça: monitoram todos os tipos de ambientes contendo materiais que desencadeiam a produção de fumaça no início da combustão. Os mais utilizados são o óptico (fotoelétrico) e o iônico;
- Detectores de chama: usado em ambientes que possibilitem a detecção de chamas, ou seja, que não possuam obstáculos no raio assegurado pelo detector. Muito utilizado em hangares, áreas de produção petroquímica, áreas de armazenagem e transferência de materiais inflamáveis, instalações de gás combustível, áreas com solventes inflamáveis, ou em áreas abertas ou semi-abertas com presença de vento que possa espalhar a fumaça e o calor durante um evento emergencial, dificultando a atividade dos detectores de fumaça e temperatura;
- Detectores pontuais de temperatura: utilizados para monitorar ambientes com materiais que em caso de combustão, produzam muito calor e pouca fumaça, ambientes com vapor, gases ou partículas em suspensão, as quais poderiam causar ativações indesejáveis dos detectores de fumaça. Os mais utilizados são os de temperatura fixa e termovelocimétricos (relacionados a velocidade no aumento da temperatura).
A HiperFire Extintores disponibiliza acionadores de incêndio convencionais e endereçáveis, centrais de alarme convencionais e endereçáveis, detectores de fumaça, chama, temperatura e de gases e avisadores (sirenes) sonoros e visuais e conta com profissionais qualificados para a instalação e manutenção destes equipamentos, mantendo você, sua empresa, seus funcionários e sua residência segura.
REFERÊNCIA: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2010.